Setembro Amarelo: Entenda o Transtorno de Estresse Pós-Traumático e Como Prevenir Seus Impactos

O mês de setembro é marcado pela campanha Setembro Amarelo, dedicada à conscientização e prevenção do suicídio. Para o mundo corporativo e para profissionais que lidam com pressão diária — como motoristas executivos, seguranças, gestores e líderes — esse é um período para refletir sobre a importância da saúde mental.

Um dos problemas que mais afetam profissionais expostos a situações de risco é o Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT). Diferente de um simples estresse do dia a dia, o TEPT é uma condição clínica que pode comprometer a vida pessoal e profissional, afetar o desempenho no trabalho e até colocar em risco a segurança de quem depende de você.

Neste artigo, vamos explorar o que é o TEPT, seus sintomas, impactos no trabalho, caminhos de prevenção e tratamento — e como empresas e profissionais podem construir uma cultura de cuidado e apoio.

O Que é o Transtorno de Estresse Pós-Traumático

O TEPT é um transtorno mental que se desenvolve após a pessoa vivenciar ou testemunhar um evento traumático. Situações como assaltos, acidentes de trânsito, sequestros, tentativas de homicídio ou até experiências de violência psicológica intensa podem desencadear a condição.

Diferente do estresse comum, o TEPT persiste por meses ou anos, e seu impacto vai muito além de uma “má lembrança”. É como se o cérebro ficasse preso no trauma, reagindo ao passado como se o perigo ainda estivesse presente.

Sintomas: Sinais de Alerta Que Não Devem Ser Ignorados

Reconhecer os sinais do TEPT é o primeiro passo para buscar ajuda. Entre os principais sintomas estão:

  • Revivescência do trauma – flashbacks, pesadelos ou lembranças intrusivas do evento.
  • Evitamento – fuga de lugares, pessoas ou situações que lembrem o ocorrido.
  • Hiperalerta – sensação constante de ameaça, sobressaltos exagerados e dificuldade para relaxar.
  • Alterações emocionais – tristeza profunda, irritabilidade, explosões de raiva ou sensação de vazio.
  • Dificuldades cognitivas – lapsos de memória, problemas de concentração e tomada de decisão prejudicada.

Esses sintomas podem levar a isolamento social, perda de produtividade, e até comportamentos autodestrutivos. Em casos graves, podem estar associados ao risco de suicídio — daí a importância de falar sobre o tema no contexto do Setembro Amarelo.

Impactos no Ambiente Corporativo

No mundo corporativo, o TEPT pode ter efeitos silenciosos, mas devastadores. Para empresas, isso significa:

  • Queda de desempenho – atrasos, falhas na execução de tarefas e queda de produtividade.
  • Aumento do absenteísmo – faltas frequentes por crises emocionais ou problemas de saúde decorrentes do estresse.
  • Risco operacional – em funções críticas, como transporte executivo, logística ou operações de risco, um colaborador sob forte estresse pode colocar em perigo clientes e colegas.
  • Rotatividade elevada – quando não há suporte adequado, muitos profissionais pedem demissão ou são desligados.

Por isso, cuidar da saúde mental não é apenas um ato de compaixão, mas também uma estratégia empresarial inteligente.

O Papel das Empresas na Prevenção

Organizações que investem na saúde mental de seus colaboradores colhem benefícios tangíveis: engajamento maior, clima organizacional positivo e menos custos com afastamentos. Algumas ações práticas incluem:

  • Programas de apoio psicológico – convênios com psicólogos ou plataformas de telemedicina.
  • Treinamento de lideranças – capacitar gestores para identificar sinais de sofrimento e oferecer suporte adequado.
  • Canais de escuta ativa – ambientes seguros para o colaborador compartilhar dificuldades.
  • Flexibilidade quando possível – permitir pausas, ajustes de jornada ou realocação temporária em casos críticos.

Tratamentos Disponíveis

O TEPT tem tratamento e a recuperação é possível. As abordagens mais recomendadas incluem:

  • Psicoterapia – especialmente a Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) e EMDR, que trabalham a dessensibilização do trauma.
  • Medicamentos – em alguns casos, antidepressivos ou ansiolíticos podem ser prescritos por um psiquiatra.
  • Grupos de apoio – compartilhar experiências ajuda a reduzir a sensação de isolamento.

O importante é não se isolar. Buscar ajuda é um ato de coragem, não de fraqueza.

Se você deseja entender melhor o impacto emocional do trauma e como transformá-lo em força, recomendo o livro “Toda Dor Tem Nome: Entenda Como As Ranhuras Emocionais Se Manifestam No Seu Corpo” – De Monica Dicristina.
É uma leitura essencial para quem quer compreender como o corpo e a mente processam o trauma e quais caminhos de cura são possíveis.

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Neste Setembro Amarelo, reflita: como está a sua saúde mental? Como está a dos colegas ao seu redor?Um simples gesto — uma conversa, uma escuta, um incentivo para buscar ajuda — pode salvar vidas.

💛 Compartilhe este artigo com colegas, líderes e equipes. Quanto mais falarmos sobre saúde mental, mais pessoas terão coragem de pedir ajuda e menos vidas serão perdidas.

E você, já passou por uma situação de estresse extremo? Como lidou com ela? Deixe seu comentário abaixo e ajude outras pessoas a entenderem que não estão sozinhas.

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